Uma operação conjunta da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU), realizada em 23 de abril, revelou um esquema bilionário de fraudes no INSS. A investigação apontou que aposentados e pensionistas foram vítimas de descontos indevidos em seus benefícios, sob justificativas falsas de mensalidades associativas e serviços não autorizados.
De acordo com o ministro da CGU, Vinícius Carvalho, foram ouvidos mais de 1.200 beneficiários, dos quais 97% afirmaram não reconhecer os descontos. As associações envolvidas ofereciam serviços como assistência jurídica e planos de saúde, mas muitas vezes não tinham sequer estrutura para funcionar, além de utilizarem assinaturas falsificadas.
Para saber se você foi vítima:
Acesse o site ou aplicativo Meu INSS.
Faça login com CPF e senha do Gov.br.
Clique em “Extrato de benefício”.
Verifique se há descontos de mensalidades associativas que você não autorizou.
Se encontrar cobranças indevidas, é possível solicitar a exclusão da mensalidade pelo próprio aplicativo, site do Meu INSS ou pela central telefônica 135. Também é possível bloquear novos descontos e reclamar diretamente com a entidade responsável.
A investigação teve início em 2023 na CGU, e ganhou força em 2024 com o apoio da PF. Foram cumpridas mais de 200 ordens judiciais em 13 estados e no DF, com apreensão de carros de luxo, joias e obras de arte. Até agora, cinco pessoas foram presas.
O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi demitido. A Justiça também afastou seis agentes públicos de suas funções.